quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Quando o rei faz ânus

Por Patife


Esta manhã acordei com um desejo fervoroso de meter aqui o pimpolho no primeiro entrefolho que me aparecesse à frente. É um desafio perigoso se pensarem bem, pois não podemos controlar a qualidade da marafona que nos surge primeiro diante da vista. Mas há dias em que um tipo deve ser fiel aos seus princípios e aos seus desejos. Além disso, como sempre segui a expressão "a ocasião faz-me o tesão" decidi lançar-me à berlaitada na primeira crica que me desse os bons-dias. Assim foi. Desço as escadas do meu terceiro andar sem elevador, isto de olhos bem fechados para não trombar com a Dona Guilhermina, uma velha vizinha chata que tem todo o ar de ter cona de foca - com bigodes e a cheirar a peixe, portanto. Então lá fui descendo aos repelões e às apalpadelas, a agarrar tudo como se fossem as tetas da sueca do segundo direito, não fossem elas, quer dizer ela, aparecer pela escada e eu perder tal oportunidade mamaçal. Ainda nem tinha aberto a porta da rua e já estava a ouvir uma gargalhada feminina mesmo a passar em frente. Aquela mulher gargalhava como ninguém. Direi mesmo que tinha um bom gargalho. Já eu tenho algo foneticamente muito semelhante. Mas maior. Analisei, então, e em breves segundos, a dita gargalhada e como fiquei com a pichota bem-disposta, continuei o movimento de saída para a rua. De facto a gargalhada era boa, mas a trenga não valia uma beata. Aliás, já conheci beatas mais apetitosas lá na terra da senhora minha mãe. Mas o Patife é um homem de palavra, por isso levou a sua avante. Já ela levou com a minha por trás. É uma variação do jogo "Quando o rei faz ânus". Foi até fazer faísca.

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