Aponta caminhos que o condutor já conhece. E ele não tem muita vontade de dar a moedinha, mas a bem da verdade precisa de estacionar o carro.
Creio que todos conhecemos o síndrome do mal-apaixonamento, nem que fosse aquela pancada que tínhamos no secundário pelo rapaz mais giro da turma do lado. Que todos cometemos o erro de sermos demasiado disponíveis para pessoas que não merecem a nossa atenção. Não é que essas pessoas, alvos do nosso pseudo-desejo, sejam obrigadas a apaixonar-se de volta sempre que queremos, mas falamos dos casos em que a outra parte sabe e se aproveita disso. Falo dos pega-braguilhas.
Falo de aceitarmos qualquer moedinha para a próxima dose de atenção. De esbracejarmos para dizer "está aqui, está aqui". E ele engata a marcha, porque no fundo não vê lugar melhor naquele momento em particular. E nós temos sempre uma solução. Não guardamos o lugar para alguém que o queira mesmo e nos estenda antes uma nota em vez da moeda de 20 cêntimos que lhe sobrou no bolso - é que as moedas de 2€ já tinha posto ontem na máquina da EMEL.
Peguem na moeda de 20 cêntimos - que para isto ao menos serve - e considerem por um breve momento riscar o carro de uma ponta à outra. Deixem-no na dúvida de quando o farão, mas nunca o façam, que aquele condutor não vale a vossa dignidade e as doses que providencia não alimentam, nem chegam para matar a ressaca. Procurem uma droga mais poderosa e de reservas infinitas. Há quem lhe chame amor.
O texto reflete mesmo aquilo que se está a passar cada vez mais no dia de hoje. Há certas pessoas que não merecem o nosso "amor".
ResponderEliminarGi (da cknta da Mia pois não tenho google mais)
http://agridoceblog.blogs.sapo.pt
Acho que a determinado momento da vida, e com maior ou menor intensidade, já toda(o)s estivemos nesse parque de estacionamento. A boa notícia é que há saída.
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