Normalmente
fodo. Mas este fim de semana fui fodido. Estava em casa a entrar em parafuso, por isso precisei de ir à rua encontrar
uma porca. Lá fui todo
entretido beber uma cerveja ao Chiado enquanto aproveitei para apreciar as
pandeiretas que passam. Para mim, estar sentado no Chiado é um pouco como um
Tinder em tempo real mas concentrado em rabos. Vou-os deixando passar até
surgir um que me desperte. E lá passou um todo empinado e fresco, como que a
suplicar por uma palmada de qualidade superior. Uma
gaja que anda na rua daquela maneira a espetar o rabo tem de estar ansiosa para que um tipo fique com vontade de lhe espetar o nabo. Não acredito noutra
hipótese. Por isso lá fui, como cavalheiro atento a estas pequenas cortesias
sociais. Deixar passar um rabo que se empina daquela maneira roçaria a falta de
educação, quando a única coisa que quero roçar é aqui este totem fálico naquela
altiva pandeireta. Assim que enceto conversa e a convido para sentar, a moça,
sabida, manda-me logo baixar a bola. Que é logo coisa para eu levantar a tola.
Era toda desempoeirada e a nádegas tantas lá quebrei as minhas regras,
entreguei-me à sorte e deixei que ela conduzisse. Era forte e determinada.
Sabia o que queria e o que fazia, trocámos mais um par de frases desnecessárias
e lá fomos parar a casa dela. Tinha o quarto todo armado para uma pranchada das
estouvadas, daquelas em que vale tudo e não sobra nada. Encolhi os ombros como quem diz:
“Vim meter-me na toca da loba...” e por isso apressei-me a mostrar-lhe o meu
capuchinho vermelho. Possessa da pachacha, a mafarrica lançou-se como uma loba
faminta devorando-me como se não houvesse amanhã. Ainda estive para lhe
perguntar, ao jeito dos clássicos contos de fodas: “Olha lá, porque é que tens
uma pachacha tão grande?”. Mas achei mais sensato continuar a pinar. Estava eu
entretido a contar as bombadas por minuto a que a senisga da moça estava a ser
sujeita, quando me recordo que tinha sido a sua bilha que me tinha atiçado inicialmente.
Deixar um rabo daqueles sem a atenção necessária seria, no mínimo, um ultraje sexual. Por isso, enchi o
peito, segurei-lhe nas pegas, virei-a ao contrário e pensei “Agora é que esta porca torce o rabo”.
Dada a intensidade da pinada, até os vizinhos fumaram um cigarro no fim, tal
a selvajaria do meu entusiasmo.
Ai, Patife, que saudades tinha de te ler.
ResponderEliminarDesejo :)
Desejo: assim quase me amoleces o coração, em sentido oposto ao Pacheco que endurece com essas coisas. ;)
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