Foi sempre assim.
Primeiro o deslumbramento.
Como uma debulhadora incansável que tudo come, tudo quer, tudo deseja.
E depois, vem um frio gélido que se chama esmorecimento e parece que alguma coisa se desliga dentro de mim.
E volto a ser aquele ser banal, dividido entre as dunas e o mar, sem encontrar na praia nada mais do que a fina areia e pequenas pedrinhas reluzentes.
O meu doce durar, como se eu fosse uma onda pequenina, que se agiganta na rebentação, quase poderosa, quase destruidora, mas que ao galgar a areia, tentando chegar ao rochedo, fosse sugada por ela, molhada e faminta, que deixa apenas, por pena, pequenos e perfeitos buraquinhos, para que eu consiga (ainda) respirar.
O doce durar. O ir e vir. E nunca chegar a lugar absolutamente nenhum.
O motor que tudo consegue, que tudo galga e conquista, morre, deixando-me numa tristeza muito parecida à frustração de não ter ido mais além - e a culpa é toda minha, que sou inepta - e a certeza de que se o fizesse (como fizeram e fazem ainda todos os outros que agora são felizes com as suas vidas, os seus hobies, as suas certezas), seria tão somente um sorriso com uma cara e não uma cara com uma boca fechada, crispada e constantemente insatisfeita.
Tudo me parece demasiado complexo, e caro.
E infinito.
Apesar de tudo tento inspirar-me, há feitos pessoais que me encantam, ahh se eu pudesse alcançar aquele Caminho, ahh se eu pudesse escrever aquelas linhas, ahh se eu pudesse gostar tanto assim.
De mim.
Querida Uva Passa,
ResponderEliminarGosto de si. Assim.
Um beijo,
Outro Ente.
És mesmo linda, Uva!
ResponderEliminarBeijo. :)
Love you Uva :)
ResponderEliminarLinda! :)
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